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Sartre, Jean Paul. " O existencialismo é um humanismo"


O homem faz-se; não está realizado logo de início, faz-se escolhendo sua moral, e a pressão das circunstâncias é tal que ele não pode deixar de escolher uma. Não definimos o homem senão em relação a um compromisso (...) sempre que o homem escolhe seu compromisso e seu projeto com toda a sinceridade e lucidez...
Quando declaro que a liberdade, por meio de cada circunstância concreta, não pode ter outro fim senão querer-se a si própria, se alguma vez o homem reconheceu que estabelece valores no seu abandono ele já não pode querer senão uma coisa - a liberdade como fundamento de todos os valores. Não significa que ele a queira em abstrato. Quer dizer simplesmente que os atos dos homens de boa-fé têm como último significado a procura da liberdade enquanto tal. Um homem que adere a tal sindicato comunista ou revolucionário quer fins concretos; estes fins implicam uma vontade abstrata da liberdade; mas esta liberdade quer-se em concreto. Queremos a liberdade pela liberdade e por meio de cada circustância particular. E, ao querermos a liberdade, descobrimos que ela depende inteiramente da liberdade dos outros, e que a liberdade dos outros depende da nossa.

Comentários ao texto: (Caderno do Professor)

Para Sartre a liberdade não se resume ao que podemos escolher. Ela se dá pela invenção de possibilidades. Não podemos inventar nossas opções. Mas isso acontece, sobretudo, quando nós inventamos a nós mesmos. Se recordarmos John Locke, ele propunha que todos nós nascemos vazios, mas com nossas experiência podemos adquirir o conhecimento e, portanto tornamo-nos alguma coisa.
A mais profunda liberdade é poder escolher o que somos e não apenas o que fazemos. Nós escolhemos um projeto para nós mesmos, o que Sartre chama de compromisso. Nós nos comprometemos com nossos valores, gostos, sonhos, desejos e projetos. Sobre o que somos e o que seremos, nós decidimos. A razão disto tudo é liberdade, que nos permite tornarmos um tipo de pessoa, volta atrás ou mudar para outra direção.
(...)
Mas ninguém é livre sozinho. Para nos fazermos e refazermos, precisamos dos outros com as mesmas possibilidades. E a liberdade dos outros que garante a nossa liberdade. magine se ninguém fosse livre a não ser você(...)
Quanto mais livre são os outros, mais livres nós somos. Cada um com a sua liberdade pode inventar a si memo e, assim, reinventar o mundo, as cidades, os grupos, lembrabdo, semper, que a violência entre os homens começa quando alguém não respeita a liberdade do outro.